sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Dr. Sem Tabus

Sempre que converso sobre sexualidade com alguém cito esse filme:" Kinsey - Vamos Falar de Sexo"(2004),Liam Neeson interpreta aqui o papel de Alfred Kinsey,cientista pioneiro nos estudos sobre o comportamento sexual humano. Kinsey foi o primeiro filme a exibir uma cena de genitália humana exposta( de Peter Sarsgaard) no Japão, país conhecido por sua política rígida de censura à nudez frontal. Falar sobre sexo no século XXI é natural mas em 1950 quando Alfred Kinsey iniciava suas pesquisas era um abalo na "puritana" sociedade americana. Kinsey obcecado por seus estudos até de maneira fleumática, entrevistou gays, lésbicas, zoofilos,homens, mulheres, pedófilos,sadomasoquistas entre tantas outras pessoas e suas orientações sexuais, teve experiências homossexuais e sadomasoquistas.Na verdade ele levou aos limites as suas pesquisas vivendo ele mesmo o objeto de seus estudos.
O fato de comentar sobre esse filme quando mencionei acima os diálogos sobre sexualidade tem  a ver com a maneira que Kinsey observou e decodificou o comportamento sexual humano,ou seja ele livrou pessoas de alguns tabus, talvez  os próprios tabus já que sua família era religiosa e conservadora, a maneira como o sexo foi observado dá a dimensão  de um mundo sem barreiras, em que nós fomos moldados a partir de convenções, culturas e dogmas, mas eles podem existir paralelamente do que o sexo realmente representa na vida de todos nós.
                                                                                               Dennis Lurm

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Raskólnikov de saias

Quem leu o clássico " Crime e Castigo" do escritor russo Dostoiévski, aliás o melhor livro que eu já li até hoje,vai encontrar a influência dessa obra neste filme nacional dirigido por Heitor Dhalia, virei fã desse cara, o filme se chama " Nina" e a personagem título é interpretada com muita perspicácia por Guta Stresser ( a Bebel de " A Grande Família) 
Não espere uma Guta saltitante e risonha como na série global, porque em " Nina" ela está mais sorumbática do que nunca nesse drama barra pesada, o filme é todo sombrio, com cores opacas e um certo visual expressionista, Nina é uma jovem sensível e apaixonada pela arte, seu hobby predileto é desenhar, embora o talento seja inegável Nina usa sua arte para também expor seus fantasmas exteriores e interiores, pois sua vida é cercada de mazelas numa metrópole desumana cercada de gente vil e sádica, a proprietária do apartamento onde mora, Dna Eulália (Myriam Muniz) é uma velha mesquinha e exploradora, usa seu sadismo para esmagar toda a felicidade e vontade de sua inquilina.Isso me lembra o estudante russo Raskólnikov do livro " Crime e Castigo"; pois Raskólnikov tambem era explorado pela velha da pensão onde morava.
" Nina" é um drama forte, Guta está excelente no papel, deu vida à uma personagem totalmente mergulhada na angústia e Myriam Muniz de tão boa causa asco com esse papel, enfim bom filme, bom roteiro e grandes talentos em cena fazem de " Nina " um belo filme!
                                                                                                                 Dennis Lurm
Abaixo o trailler de "Nina":


segunda-feira, 10 de outubro de 2011

" Cine Brasil Intimista...até que enfim uma pausa nos guetos!"

Li uma crítica deste filme numa revista e o roteiro ja me instigou, bom vamos lá o filme se chama " O Cheiro do Ralo",dirigido por Heitor Dhalia, tendo como protagonista o ator Selton Mello no papel de Lourenço,dono de uma loja que compra objetos usados,mas Lourenço acaba desenvolvendo um jogo perverso com seus clientes. Ele troca a frieza da compra pelo prazer que sente em explorar as pessoas nesse momento de necessidade financeira. E vê o mundo como um lugar onde as pessoas, assim como os objetos, estão à venda.
Perturbado com o fedorento cheiro do ralo de sua loja,ele é confrontado com o universo e os personagens que julgava controlar. Isso o obriga a uma reavaliação de sua visão de mundo e o conduz a um trágico desfecho.
" O Cheiro do Ralo" meio que passou despercebido da mídia, foi exibido em alguns cineclubes e salas especiais, mas como a curiosidade foi grande não desisti de procurar e finalmente encontrei  o filme, o filme é de 2006, mas gostei da idéia do roteiro, foge do lugar comum a qual estamos acostumados com filmes de pobreza, favelas e violência,o Brasil sabe sim fazer bons filmes e alguns dirão que estes filmes mostram a realidade do país, concordo, aliás não há como não concordar, mas melhor até que mostrar uma realidade regional e nacional é mostrar uma realidade universal,os sentimentos humanos dos quais as nações não estão imunes, Nelson Rodrigues tem uma frase ótima para ilustrar isso: "Para ser universal, basta conhecer o próprio bairro" 
                                                                                        Dennis Lurm

" Um salve à efêmera arte do prazer do momento"

O biombo que dividia os caras daquela sala também dividia em mesmo salário, em igual ofício
o que um e outro queria:
um prato de sopa
um prato de marisco
para um deles o salário em cofre trancado
era o senhor salvador de um amanhã promissor
para o outro as moedas tiradas do tal cofre quebrado
tiravam sabor do caro queijo mofado
e dos sorrisos guardados em dias deste mero colecionador
para o outro a semente plantada
seria a tal árvore da trilogia:
livro,árvore,filho
dos vãos filhos da sub teoria Cury
para o outro um foda se ao depois
e vamos foder agora porque o vinho não azedou
os caras desta história sorriam sim
um com a imagem dourada do céu prometido
o outro com o gozo inflado
com o fútil debochado da camisa grifada
e o sentimento tangível de dever cumprido.
                                                                           Dennis Lurm

" Os dois pólos"

Tudo parecia aprazível no estacionamento
A sensação de amplitude e liberdade
Com a gélida brisa das oito horas
Iria para casa
E na alcova sentiria que o estacionamento
era feito apenas de piche e concreto
E o quarto se transformara em cela
A solução não era abrir a porta ou a janela
A solução qual era?
Martelaria isso por horas dentro da cela
E no próximo despertar 
Talvez me lembrasse quem era.
                                                        Dennis Lurm

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

"The Prodigy" toca em Itu !!

A banda britânica de música eletrônica "The Prodigy" toca este ano na Arena Maeda em Itu SP, no dia 10 de Dezembro no já consagrado festival eletrônico XXXPerience.
O The Prodigy começou sua carreira em 1990, foi criada quando Liam Howlett , Keith Flint ( o palhaço cyber punk) e Leeroy Thornhill se cruzaram num clube e decidiram formar a banda.
No começo Keith e Leeroy eram apenas dançarinos de palco para servir de "cena" para a música de  Liam, que sempre foi o cabeça das composições electro punks do Prodigy, mas depois Keith começou a cantar e sua figura emblemática fez dele o palhaço assustador das raves pelo mundo afora, afinal naquela 
época a cena clubber explodia na Europa, Maxim Reality já tinha se juntado à banda e se tornou o MC do grupo compondo junto com Keith Flint uma dupla realmente assustadora nos palcos.
Ouvi muito nessa época a obra prima da banda : o disco " The Fat of The Land", mas meu interesse na banda estava na atmosfera sinistra dos clipes e sons como " Firestarter" e " Breathe" e é inegável a presença de palco de Keith Flint.
O The Prodigy conseguiu algo raro na música, eles massificaram o underground, sim porque naquela época eles eram muito undergrounds, hoje a cena gótica mundial tem destacado muitos artistas da cena eletrônica e o conceito cyber goth esta crescendo entre os adeptos, particularmente gosto dos estilos mais clássicos do gótico como o vitoriano, por exemplo, mas tambem acho interessante e pertinente a idéia do futuro caótico apocalíptico pregado pelos cyber goths, com suas máscaras de oxigênio, símbolos nucleares, roupas de vinil e um negro misturado a cores fluorescentes numa visão de futuro ameaçador, junto à tudo isso essas pessoas dançam ao som de sintetizadores e artistas como " Apoptygma Berzerk" e " And One".
O que o The Prodigy tem com a cena cyber goth? bom muitos dirão: nada! mas eu digo que o Prodigy conseguiu sim trazer uma energia obscura através desses sons, e eles particularmente estavam cunhando o gênero electro punk! tanto na sua postura como no som! 
Vejam o video de " Firestarter" abaixo  e comprovem isso:
                                                                                                                            Dennis Lurm

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Pós Punk

" Pós Punk"caneta Bic,  sulfite.
                                                  Dennis Lurm

Glam Gothic Rock

"Glam Gothic Rock"  esferográfica,sulfite e lapis de cor
Dennis Lurm
" Já estive a um passo de pular no poço de mentiras
Posso subir degraus de uma escada e cegar me no meio do caminho
Orgulhoso por um "apogeu" no patamar da escada?
 As metáforas ainda salvam -te?
 (escrito no desenho como se fosse a letra da música da fictícia "Dead Rose") 







Auto Retrato: Infância

" Auto Retrato" giz de cera, sulfite.
                                                                    Dennis Lurm